Leio de tudo. Dos clássicos e acadêmicos até almanaques populares e bulas de remédio. Excluindo revistas em quadrinhos, devoro qualquer tipo de literatura, mesmo aquela vista como dejeto cultural. Certamente já li e escrevi muita coisa, traduzi outras tantas, e meus arquivos estão cheios de traças que vieram das alturas do Himalaia. Este blog, então, vai ser o canal de saberes fragmentados, oficiais e oficiosos, que os Mestres do Imaginário oferecem a nossa indiscrição.
Benção dos Cohanin
“O Senhor te abençoe e guarde. O Senhor faça resplandecer a sua presença sobre ti, e tenha misericórdia de ti. O Senhor sobre ti levante a sua providência, e te dê a paz.”
Abraxas
"Observa o fogo, observa as nuvens e quando surgirem os
presságios e começarem a soar em tua alma as vozes, abandona-te a
elas sem indagar se isso é conveniente ou se está certo. Caso
contrário perder-te-ás, assumirás uma aparência burguesa e serás um
fóssil. Nosso Deus chama-se Abraxas: é Deus e Demônio ao mesmo
tempo; possui em si o mundo luminoso e o tenebroso. Abraxas não se
opõe a nenhum dos teus pensamentos, nem a nenhum dos teus
sonhos. Não te esqueças disso. Mas ele te abandonará se te tomares
normal e irrepreensível. Ele te abandonará e procurará um outro
caldeirão onde possa cozinhar seus pensamentos.”H. Hesse
A Imperatriz
Para expressar a imutabilidade das coisas subtraídas a toda alteração, a IMPERATRIZ mostra-se exatamente de frente, numa atitude cheia de certa rigidez hierática. Uma serenidade sorridente não anima menos seu semblante graciosamente emoldurado por uma maleável cabeleira loura; uma leve coroa mal pesa sobre sua cabeça, em torno da qual gravitam doze estrelas, dentre as quais nove são visíveis. Esses números lembram o zodíaco, quadrante celeste sobre o qual se regem as produções naturais aqui em baixo e o período de gestação imposto à geração.
Do mesmo modo que a Virgem zodiacal, a IMPERATRIZ é alada, mas seus atributos não são nem a espiga de trigo das colheitas terrestres, nem o ramo de oliveira a exortar os homens à paz. A Rainha do Céu detém o cetro de uma irresistível e universal dominação, porque o ideal se impõe, a idéia comanda e os tipos determinam toda produção. Como brasão, ela traz sobre a púrpura uma águia de prata, emblema da alma sublime no seio da espiritualidade; quanto ao lírio que desabrocha à esquerda da IMPERATRIZ, ele simboliza o encanto exercido pela pureza, a doçura e a beleza.
O.W.
Do mesmo modo que a Virgem zodiacal, a IMPERATRIZ é alada, mas seus atributos não são nem a espiga de trigo das colheitas terrestres, nem o ramo de oliveira a exortar os homens à paz. A Rainha do Céu detém o cetro de uma irresistível e universal dominação, porque o ideal se impõe, a idéia comanda e os tipos determinam toda produção. Como brasão, ela traz sobre a púrpura uma águia de prata, emblema da alma sublime no seio da espiritualidade; quanto ao lírio que desabrocha à esquerda da IMPERATRIZ, ele simboliza o encanto exercido pela pureza, a doçura e a beleza.
O.W.
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