Um velário, sim. Só que este é tradicional.
Leio de tudo. Dos clássicos e acadêmicos até almanaques populares e bulas de remédio. Excluindo revistas em quadrinhos, devoro qualquer tipo de literatura, mesmo aquela vista como dejeto cultural. Certamente já li e escrevi muita coisa, traduzi outras tantas, e meus arquivos estão cheios de traças que vieram das alturas do Himalaia. Este blog, então, vai ser o canal de saberes fragmentados, oficiais e oficiosos, que os Mestres do Imaginário oferecem a nossa indiscrição.
Invidia
Os gregos fizeram da inveja um deus, pois a palavra phthonos, que exprime esse defeito em grego, é uma palavra masculina; para os romanos, porém, era uma deusa chamada Invídia, palavra que derida do verbo que designa olhar com maus olhos. Romanos e gregos, uns e outros, para se garantirem contra esse olhar, recorriam a várias práticas que hoje teríamos por supersticiosas. A inveja era representada como um velho espectro feminino de acentuada magreza. Sua cabeça e mãos eras cercadas de serpentes, os olhos eram fundos e estrábicos, a tez era lívida. Algumas vezes aparecia ao lado de uma hidra de sete cabeças. Uma cobra roía-lhe o coração.
Necrópole
Interpretar o Mundo?
Sabedoria e loucura aparecem na natureza élfica como uma só e mesma coisa; e o são realmente quando a anima as representa. A vida é ao mesmo tempo significativa e louca. Se não rirmos de um dos aspectos e não especularmos acerca do outro, a vida se torna banal; e sua escala se reduz ao mínimo. Então só existe um sentido pequeno e um não-sentido igualmente pequeno. No fundo, nada significa algo, pois antes de existirem seres humanos pensantes não havia quem interpretasse os fenômenos. As interpretações só são necessárias aos que não entendem. Só o incompreensível tem que ser significado. O homem despertou num mundo que não compreendeu; por isso quer interpretá-lo.
Jung
Imagem: Wikipedia Commons
Jung
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