"[...] do sentimento religioso do que naquilo que o homem
comum entende como sua religião – o sistema de doutrinas e promessas que, por um
lado, lhe explicam os enigmas deste mundo com perfeição invejável, e que, por outro,
lhe garantem que uma Providência cuidadosa velará por sua vida e o compensará,
numa existência futura, de quaisquer frustrações que tenha experimentado aqui. O
homem comum só pode imaginar essa Providência sob a figura de um pai
ilimitadamente engrandecido. Apenas um ser desse tipo pode compreender as
necessidades dos filhos dos homens, enternecer-se com suas preces e aplacar-se
com os sinais de seu remorso. Tudo é tão patentemente infantil, tão estranho à
realidade, que, para qualquer pessoa que manifeste uma atitude amistosa em relação
à humanidade, é penoso pensar que a grande maioria dos mortais nunca será capaz
de superar essa visão da vida. Mais humilhante ainda é descobrir como é vasto o
número de pessoas de hoje que não podem deixar de perceber que essa religião é
insustentável e, não obstante isso, tentam defendê-la, item por item, numa série de
lamentáveis atos retrógrados. Gostaríamos de nos mesclar às fileiras dos crentes, a
fim de encontrarmos aqueles filósofos que consideram poder salvar o Deus da religião,
substituindo-o por um princípio impessoal, obscuro e abstrato, e dirigirmos-lhes as
seguintes palavras de advertência: ‘Não tomarás o nome do Senhor teu Deus em vão!’
E, se alguns dos grandes homens do passado agiram da mesma maneira, de modo
nenhum se pode invocar seu exemplo: sabemos por que foram obrigados a isso"
FREUD.
Leio de tudo. Dos clássicos e acadêmicos até almanaques populares e bulas de remédio. Excluindo revistas em quadrinhos, devoro qualquer tipo de literatura, mesmo aquela vista como dejeto cultural. Certamente já li e escrevi muita coisa, traduzi outras tantas, e meus arquivos estão cheios de traças que vieram das alturas do Himalaia. Este blog, então, vai ser o canal de saberes fragmentados, oficiais e oficiosos, que os Mestres do Imaginário oferecem a nossa indiscrição.
Belinha
Ela tem o dom da meiguice. Olha o mundo com ternura, pouco sabe do que não faz parte do seu mundo, e o seu mundo não vai muito além da rua, do passeio, dos amigos que faz ao encontrar, abanar, acarinhar, sorrir.
Belinha é uma fada.
Aprendo tanto com ela. Simplesmente assim, com esse olhar que interroga, porque sabe que nunca se sabe tanto, que nunca se sabe tudo, que muito se sabe apenas de nada.
Belinha. Doçura e tranquilidade.
Belinha é uma fada.
Aprendo tanto com ela. Simplesmente assim, com esse olhar que interroga, porque sabe que nunca se sabe tanto, que nunca se sabe tudo, que muito se sabe apenas de nada.
Belinha. Doçura e tranquilidade.
Alquimia
Espero que água destilada de um vazamento que passa por outros dois andares tenha propriedades alquímicas. Seja como for, (dis)solve e coagula alguma coisa, embora não ajude em nada na decoração da sala...
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