Leio de tudo. Dos clássicos e acadêmicos até almanaques populares e bulas de remédio. Excluindo revistas em quadrinhos, devoro qualquer tipo de literatura, mesmo aquela vista como dejeto cultural. Certamente já li e escrevi muita coisa, traduzi outras tantas, e meus arquivos estão cheios de traças que vieram das alturas do Himalaia. Este blog, então, vai ser o canal de saberes fragmentados, oficiais e oficiosos, que os Mestres do Imaginário oferecem a nossa indiscrição.
Guardar
Guardar uma coisa não é escondê-la ou trancá-la. Em
cofre não se guarda coisa alguma. Em cofre perde-se a coisa à vista. Guardar
uma coisa é olhá-la, fitá-la, mirá-la por admirá-la, isto é, iluminá-la
ou ser por ela iluminado. Guardar uma coisa é vigiá-la, isto é, fazer
vigília por ela, isto é, velar por ela, isto é, estar acordado por ela, isto
é, estar por ela ou ser por ela. [...]
CÍCERO, A. 2008. Guardar: poemas escolhi- dos. In: A.
CÍCERO, Guardar. 4a ed., Rio de Janeiro: Record, 2008, p. 11
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