Leio de tudo. Dos clássicos e acadêmicos até almanaques populares e bulas de remédio. Excluindo revistas em quadrinhos, devoro qualquer tipo de literatura, mesmo aquela vista como dejeto cultural. Certamente já li e escrevi muita coisa, traduzi outras tantas, e meus arquivos estão cheios de traças que vieram das alturas do Himalaia. Este blog, então, vai ser o canal de saberes fragmentados, oficiais e oficiosos, que os Mestres do Imaginário oferecem a nossa indiscrição.
A Mulher de Ló
Quando passei pelo vaso de cimento e seus caprichosos relevos, meio perdido no Parque da Redenção, posicionei a câmera de sorte a capturar o perfil. E na mesma hora ocorreu-me que a imagem poderia muito bem corresponder ao castigo que foi infligido à mulher de Ló, transformada em estátua de sal por ter desafiado as ordem divinas, olhando para trás, curiosa por saber o que acontecera às cidades de Sodoma e Gomorra.