O Concílio de Latrão recomenda aos bispos fazer cuidadosamente denunciar, em suas visitas pastorais “as pessoas que levam uma vida singular e diferente do comum dos fiéis”. Nada descreve melhor que esse texto o liame estabelecido, em toda sociedade fixada, entre o costume e a moral. Aristóteles, em sua política, parece haver ditado de antemão as prescrições do Concílio de Latrão: “Vigiai cuidadosamente, diz ele, a conduta privada dos cidadãos que gostam de inovações. Vós estabelecereis um magistrado para inspecionar toda maneira de viver que não está de acordo com o espírito do governo, etc.”
Gabriel Tarde, em nota na obra A Criminalidade Comparada.