Leio de tudo. Dos clássicos e acadêmicos até almanaques populares e bulas de remédio. Excluindo revistas em quadrinhos, devoro qualquer tipo de literatura, mesmo aquela vista como dejeto cultural. Certamente já li e escrevi muita coisa, traduzi outras tantas, e meus arquivos estão cheios de traças que vieram das alturas do Himalaia. Este blog, então, vai ser o canal de saberes fragmentados, oficiais e oficiosos, que os Mestres do Imaginário oferecem a nossa indiscrição.
O Mundo da Imaginação
O imaginário é repleto de imagens. Não é tridimensional, como se poderia dizer dele para opô-lo ao mundo real. É esse estado onde a imaginação predomina. Há um cão e um lobo, água e lua sugerindo um mundo feito de reflexos, onde tudo se prenuncia sem acontecer realmente. O mundo da lua, da imaginação, dos sonhos não é profundo como o mundo real que dá sentido à vida. No entanto, o imaginário é a grande chave das explicações que a realidade, sempre mais inatingível que o pensamento, nos recusa. O imaginário se explica, porque foi imaginado por nós, daí a clareza com que causas e efeitos emergem desses reflexos, coisa que não acontece com o real, infinitamente mais complexo. Mas a imaginação, por perigosa que seja, nos reinventa a vida.