Leio de tudo. Dos clássicos e acadêmicos até almanaques populares e bulas de remédio. Excluindo revistas em quadrinhos, devoro qualquer tipo de literatura, mesmo aquela vista como dejeto cultural. Certamente já li e escrevi muita coisa, traduzi outras tantas, e meus arquivos estão cheios de traças que vieram das alturas do Himalaia. Este blog, então, vai ser o canal de saberes fragmentados, oficiais e oficiosos, que os Mestres do Imaginário oferecem a nossa indiscrição.
O Imaginário
O imaginário do qual falo aqui, e que serve de base até mesmo ao título que escolhi para este blog, pode ser definido como um imenso sistema que abrange idéias e representações que os homens criam para dar sentido ao mundo, a si mesmos e à própria realidade que experimentam. Os homens estão constantemente empenhados na construção de discursos de toda ordem, aí incluídas as ideologias vigentes e sua expressão literária, artística, política e mesmo histórica. Os imaginário muda constantemente, e para bem se conhecer uma época é preciso penetrar o imaginário então vigente, identificando os homens que ali viveram, como e onde viveram, em que acreditavam e, sobretudo, o que esperavam do futuro. As crenças são uma das mais importantes expressões do imaginário, e ao longo da história muitos mestres conduziram homens no difícil caminho da construção de algo que pudesse dar e sustentar um sentido transcendente à vida. Aos Mestres do Imaginário assina-se uma importância fundamental na formação da identidade de cada tempo e lugar.