Quem são eles? Serão assassinos?
Serão facínoras? Serão os monstros
Que atacaram Hiram?
São suspeitos, murmuram as paredes,
Suspeitos de ódio,
Suspeitos de inveja,
Suspeitos de fraude.
Violência! Vingança!
Hiram é morto. Quem o matou?
Não sabemos, mas foram Companheiros,
E tudo fizemos, com muito engenho,
Para os encontrar.
Sabemos? Não. Suspeitamos.
Sois Companheiros? Sois suspeitos,
Sois vós os ingratos, desnorteados ambiciosos,
A corda vos traz cativos das próprias consciências,
Amordaçados ao remorso.
Suspeitos — murmuram as águas.
Suspeitos — sussurram as paredes
Suspeitos — murmuram todos
Onde a régua que calou o Mestre
Pela garganta atingido ao Sul?
Onde o esquadro que lhe feriu o peito
Visando ao coração?
Onde o malho certeiro em seu crânio
Que o prostrou ao Ocidente?
De tão aviltante vilania pervertestes seus sagrados
Instrumentos.
Com régua, Esquadro, e Malho,
Fostes construtores de um Templo à infâmia.
Insanos sois vós.
Sois todos vós.
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Mas eis que surgem três.
E a sombra da suspeita, agora,
Se apõe sobre apenas três,
E nosso Soberano haverá de saber,
E não mais supeitar;
Haverá de os fazer atar, prender e castigar.
E serão nove,
E depois mais mais seis,
Serão três vezes três,
E mais duas vezes três,
Serão Nove,
E ao depois serão Quinze,
Eleitos dos Quinze
Que vão resgatar
Da suspeita
Os Companheiros,
Nossos Irmãos
Nossos Obreiros
Que conosco
Se hão de vingar
Tirando de sobre si
O peso do Sangue
O peso da Morte
Do acaso
E do Destino.
Serão Eles,
Os Quinze,
Que hão de resgatar
Da Suspeita
Os Companheiros,
Do Templo,
O Altar.