A foto saiu sem querer. Ia apressada quando meus olhos deram com o Mosteiro pela metade; a outra metade refletida na pedra negra do edifício e torre assim tornada gótica pelo reflexo, com bandeiras mágicas, como se fosse Idade Média em algum torneio onde uma dama era objeto de disputa. E terminei por não deletar impiedosamente mais esta dentre tantas por pura economia de memória.
Leio de tudo. Dos clássicos e acadêmicos até almanaques populares e bulas de remédio. Excluindo revistas em quadrinhos, devoro qualquer tipo de literatura, mesmo aquela vista como dejeto cultural. Certamente já li e escrevi muita coisa, traduzi outras tantas, e meus arquivos estão cheios de traças que vieram das alturas do Himalaia. Este blog, então, vai ser o canal de saberes fragmentados, oficiais e oficiosos, que os Mestres do Imaginário oferecem a nossa indiscrição.
Protesto!
Fobos e Deimos
O medo e o terror. Essas palavras de origem grega também serviram para dar nome aos dois satélites do planeta Marte, que giram em sentido contrário um do outro. Muito a propósito, pois, na mitologia, Marte, deus da guerra, guiava um carro com dois cavalos que teimavam em tomar sempre direções contrárias. A face humana transforma-se também quando expressa sentimentos dessa ordem. Captar tal efeito e expressá-lo é uma arte. Neste detalhe, Caravaggio chega à perfeição.
Faz tempo
Esta edição que encontrei à venda no Bric da Redenção, aqui em Porto Alegre, deve ser a primeira a ser lançada no Brasil. É de 1939. O livro foi um sucesso editorial à época. Todos falavam dele. Precursor do estilo auto-ajuda, não é de admirar que até hoje encontre seu público, entre aqueles que se mostram sedentos de fórmulas e de definições.
Imaculada Conceição
É dogma. O feminino que preenche o imaginário e que encanta. A mulher inacessível, belíssima, pura e que concebe sem pecado. Culpa e castigo, sagrado e profano.
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