Eis a imagem de um sigilo, que não é um selo comum. A diferença pode ser sutil, mas, no mundo da magia simbólica, selos representam uma autoridade ou a identidade de um ente. Exemplo disso, os 72 selos dos espíritos da Goetia. Tratam-se de representações tradicionais associadas a determinados nomes e atributos.
Os sigilos são uma coisa bem diferente. São criações pessoais, como um símbolo mágico criado com a finalidade especial de representar uma intenção específica. Podem ser gerados a partir de uma frase, por exemplo, ou de um desejo que depois são transformados em imagens abstratas. Contudo a relação entre a frase e o desejo é conhecida apenas pelo autor, daí seu caráter secreto. Sigilos são codificações da vontade, dos desejos, lançados ao domínios do inconsciente por meio de um processo lúdico, criativo e até ― por que não? ― artístico.
Sigilos são selos de vontades específicas e individuais. Sua linguagem é a linguagem do invisível. A arte de criar sigilos já é uma tradição do ocultismo moderno, que acompanha esses nossos tempos de individualismo e fragmentação.
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