Lombroso e o espiritismo

“Em questões psíquicas, estamos muito longe de ter atingido a certeza científica. Mas a hipótese espírita parece-me como um continente em parte submerso no oceano, onde só são visíveis a distância as grandes ilhas que ficam acima do nível geral, e que apenas a visão do cientista pode reunir em um imenso e compacto corpo de terra, enquanto a multidão rasa ri da aparentemente audaciosa hipótese do geógrafo.” Cesare Lombroso, Turim, 29 de outubro de 1908. 

Este parágrafo encerra a introdução de um dos trabalhos que Lombroso nos deixou por conta da simpatia com que acolheu a hipótese espírita, construída sobre fenômenos que ganhavam então um novo olhar. Inovador e sempre aberto a novas fórmulas, Lombroso não poderia ficar indiferente ao acontecia. Outros, como Gustave Le Bon, por exemplo, foram bem mais críticos, de sorte que o resultado foi a polemização do tema que, aliás, até hoje se mantém.

Fonte: Lombroso, C. (1908). After death—what? Spiritistic phenomena and their interpretation. Boston: Small, Maynard & Company Publishers.

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