Não há maçom que não tenha ouvido falar na Constituição de Anderson, e não acredito que exista alguém que não reconheça o encanto de sua linguagem, como expressão de um ideal. Documento verdadeiramente digno de nota, vale uma leitura. Está no meu Scribd a partir de hoje.
James Anderson nasceu em Aberdeen, (Escócia), por volta de 1680. Estudou teologia em sua cidade natal, no "Marischal College", onde se tornou "Doutor em Teologia". Era presbiteriano, a religião então dominante na Escócia. Antes de 1710 vai residir em Londres, onde mais tarde adquire direitos de vicariato de uma Capela Presbiteriana onde pregou até 1735, tornando-se muito conhecido entre os londrinos pelas pregações, muitas delas publicadas em folhetos. Anderson sofreu perdas econômicas e estava pobre em 1720, tendo de recorrer aos seus Irmãos Maçons para quitar suas dívidas. Sua obra mais importante de ficou conhecida como "Constituição Maçônica de Anderson", que publicou às suas expensas no ano de 1723, época em que era Venerável da Loja nº 17. Consta que nunca se soube em qual Loja Anderson foi iniciado. É provável que ainda tenha sido na Escócia, pois já era maçom quando se filiou a uma Loja londrina. Na reunião da Grande Loja de 29 de setembro de 1721, onde 16 Lojas estiveram representadas, Anderson foi encarregado de estudar as cópias das antigas constituições góticas, consideradas falhas, e fundi-las em Carta Magna mais concisa e clara. Em 17 de janeiro de 1723 a Grande Loja aprovou a Constituição já impressa, nomeando Anderson Grande Vigilante. Em 1723 o nome Anderson também consta dos registros da Loja: "Horne Tavern", de Westiminster e em 1725 no da "Lodge of Salomon's Temple" de Hemmings Row. Morre em 1º de junho de 1739. Dele se diz que “desapareceu assim o Maçom que mais serviços prestou à Ordem, que em vida nunca mereceu o menor apoio, prestígio e agradecimento, e que pelo contrário foi atrozmente combatido, mas que acabou sendo o único, cujo nome nunca foi e nem será esquecido”.