Na mitologia chinesa, dragões são venerados como criaturas benevolentes, como símbolos de força e de boa sorte. Imagine você com um desses em casa, garantindo sua prosperidade e afastando maus agouros. Seria o equivalente místico de um amuleto ambulante, e quem sabe, um pouco de fogo extra para o churrasco de domingo.
Na tradição ocidental, especialmente na Europa medieval, os dragões são frequentemente retratados como guardiões de tesouros e representantes do caos e da destruição. Suponho, contudo, que toda essa publicidade negativa não passa de um grande mal-entendido. Se um dragão guarda tesouros, não deveríamos considerá-lo como um excelente vigia? E, convenhamos, quem não gostaria de ter um companheiro que pode cuspir fogo para proteger a casa de invasores?
No folclore nórdico, encontramos dragões como Fáfnir, que acumulam riquezas e são derrotados por heróis. No entanto, não seria mais sensato perceber que talvez esses dragões apenas têm uma predileção por economizar? Em tempos de crise econômica, ter um dragão poupador poderia ser uma grande vantagem.
Obras modernas como "O Hobbit", de J.R.R. Tolkien, e "Game of Thrones", de George R.R. Martin, nos apresentam dragões que são, no mínimo, impressionantes. Smaug, com toda sua magnificência, e os dragões de Daenerys, com sua lealdade feroz, nos mostram que essas criaturas podem ser muito mais que meros adversários: podem ser aliados poderosos e, por que não, mascotes leais.
Portanto, é hora de reconsiderarmos nossa relação com os dragões. Eles são mais do que apenas monstros mitológicos. Eles são uma extensão da nossa própria imaginação e criatividade. Talvez, ao invés de temê-los, devêssemos abraçar a ideia de que os dragões podem ser os últimos e mais exóticos candidatos a animais de estimação. Eu tenho o meu e, como vocês podem ver, ele ainda não cresceu muito. Afinal, como resistir ao charme de uma lagartixa que soube tão bem em como se destacar em meio à multidão?
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