Este poema de Aleister Crowley integra o rito executado no Grau Minerval, dedicado ao estudo de si mesmo para viver em uma sociedade Thelemica. Visa ao conhecimento dos princípios fundamentais da ordem, suas leis e usos, e dispõe o Minerval para a prática da Liberdade através de Liber Al vel Legis e de Liber OZ, obras de autoria do controvertido A. Crowley. Na verdade, um poema bastante interessante. Ei-lo:
Há sete chaves para a grande porta,
Uma em oito, uma que em oito em si comporta.
Primeiro que o teu corpo esteja quieto,
Pela vontade feito ereto,
Rígido, assim tu podes abortar
Dos fetos pensamentos o tear.
Segundo, seja fundo o seu alento,
Seja fácil, regular e lento;
Assim o teu ser compassa, no seu plano
O majestoso ritmo do oceano.
Terceiro, depois seja tua vida pura e calma,
Como um dia quieto oscila a palma.
Quarto, que o teu querer busque no mundo,
Apenas o que é simples e é profundo.
Quinto, o pensar, divinamente LIVRE
Dos sentidos, se observe enquanto vive.
Vigia cada broto pensamento;
Hora após hora fica mais atento
Intenso, introspectivo, pronto, agudo,
Não percas um só deles; anota tudo.
Sexto, tendo um de todos escolhido,
Concentra nele apenas o teu sentido
Como uma flama quieta lavra,
Queima teu SER nessa única palavra
Depois, aquieta este êxtase, teu norte
Torna o meditar profundo e forte,
Matando mesmo Deus caso Ele venha
Tentar tua atenção que assim se empenha,
Por fim, tudo isso estando unido, cresce
A flor da meia-noite em ti floresce.
A unidade é. Mas mesmo nisto,
Meu Filho, não serás por mim malvisto
Se essa expressão sufocas, se num triz
Tua atenção remetes à Raiz
Deste êxtase; se deixas mesmo a fama,
A cor, a Vida, a Glória, o Ardor; reclama
A escura causa; ignora a luz do efeito
Tu és o MESTRE. Deixo-te. Respeito.
Tua radiância que se expande e se desata,
RECÉM NASCIDO IRMÃO DA ESTRELA DE PRATA.