O Senhor reina: seu povo o teme: sentado entre os querubins, a Terra gira a seus pés. Rogai ao Senhor, oh! Vós, seus servidores e bendizei seu Santo Nome.
Louvai o nome do Senhor, de hoje até a consumação dos séculos. Do Oriente até o Ocaso, bendizei seu Santo Nome, porque Ele reina sobre todas as nações, e os céus são testemunha de sua glória.
Bendito seja o Senhor, exaltado seu Nome Santo. Rogai e bendizei, porque o Senhor é bom e misericordioso e escolheu a Jacó para seu servo e a Israel por seu povo predileto. Glorificai seu nome, porque só seu nome é excelso e sua glória se estende aos céus e à Terra.
Teu nome, oh! Senhor, seja louvado agora e sempre por todas as gerações.
Santificai nossa alma e que todo nosso ser louve vosso Santo Nome.
HISTÓRICO
Este grau foi criado por Salomão à época da conclusão dos trabalhos do Templo. Escolheu sete entre os mais dignos dos IIr e os nomeou guardas do SS e das jóias sagradas do Templo. Receberam o nome de Mestres Secretos e, no devido tempo, foram elevados a graus superiores, sendo outros colocados em seus lugares.
O Ritual deste grau contém interessantes detalhes sobre o sentido místico das jóias e ornamentos do SS. As cerimônias de iniciação são solenes e expressivas e formam uma bela introdução à série de graus inefáveis.
Não está fora de propósito falar aqui na decomposição cabalística da palavra Jehovah que, combinada de muitas maneiras com a letra inicial, dá sempre um dos nomes de Deus.
Apenas sua inicial bastaria para expressar aquele nome inefável que, disposto cabalisticamente, forma um triângulo no qual, não apenas pela figura do Delta, designa a Divindade; encerra em si, além disso, a letra sagrada com as diversas entonações que encontra a pronúncia desta palavra.
O grande nome de Deus, o nome impronunciável, era um dos mistérios do interior do Templo, existindo algumas dúvidas a respeito de sua pronúncia.
O Grande Sacerdote era o único que podia pronunciá-lo e apenas uma vez por ano, no Dia da Expiação, o décimo dia da lua de Tishri. Assim mesmo, os levitas procuravam fazer grande ruído, para que o nome não fosse audível pela multidão. Trata-se do nome que o Senhor dera a Moisés no monte Horeb.
Enos, filho de Set, filho de Adão, foi o primeiro que, segundo a Escritura, invocou a Deus por seu nome. Souchet, numa sábia dissertação, tratou com pormenores da pronúncia e da etimologia da palavra Jehovah. Genebrard, Vosio e outros escreveram sobre o mesmo assunto com grande erudição. As observações acerca desse nome adiantaram-se tanto, que se pretendeu haver descoberto a demonstração e a expressão positiva do mistério da Trindade. Não podemos resistir ao desejo de apresentar a nossos leitores um dos mais singulares desses sistemas, citado pelo continuador da História dos Judeus, obra escrita no Século XII por um daqueles que depois se fez cristão. Diz, pois, na página 409 do tomo IV, que a Trindade se prova pelo nome de Jehovah, cuja combinação pode formar três nomes que não constituem mais que uma só essência.
Para demonstrá-lo, escrevem-se dois círculos, um grande e outro concêntrico, além de outros colocados de tal modo que seu centro comum esteja na circunferência do círculo interior. Em cada um dos círculos pequenos, escrevem-se as letras da palavra, de modo que resulte uma letra em cada hemisfério. Junta-se, então, o iod ao primeiro he, que implica em que o primeiro nome de Deus é Gerador. Une-se, em seguida, o primeiro he com o vau, e temos outro nome de Deus, a saber, verbo gerado. O vau, com o segundo he, forma o terceiro nome, que procede do primeiro e do segundo. Enfim, como tudo se acha reunido dentro do grande círculo, resultam três em um.
Francisco Vatablo, em seus Comentários sobre a Bíblia, referindo-se à palavra tomada do hebraico, cuja interpretação acabamos de dar, diz: Este nome contém o mistério da Trindade, segundo consta das tradições do povo hebreu, muito anteriores a Jesus Cristo. Por ‘iod’, devemos entender o Pai, princípio e origem de todas as coisas. Por ‘he’, o Filho, por quem empreendeu toda criação. Por ‘vau’, o Espírito Santo, união ou amor mútuo entre o Pai e o Filho, do qual resultou o segundo ‘he’ – uma dupla natureza que é Cristo. A primeira destas naturezas, ‘he’, é divina; a Segunda, é humana.
Hay, filho de Scherira, que viveu no ano 997 da E.C., disse, em sua obra, a respeito da antiga formação da palavra Jehovah , que a havia visto gravada, em antigos monumentos de Jerusalém, de modo análogo aos exemplos acima citados.
Moral deste grau: silêncio e segredo.