Raridade


Sexta-feira última ganhei de meu amigo Marciano esta obra que se constitui em autêntica raridade. E me chegou às mãos agora, quando nos últimos dias tenho me ocupado justamente da Mission des Juifs, de Saint-Ives d'Alveydre. Coincidência! São as sincronicidades, como sempre. Quem ama livros sabe que eles nos encontram quando desejam ser lidos ou, no caso deste, decifrado, eu diria, porque creio que ninguém ainda conseguiu definir o Arqueômetro, algo que resumiria princípios de aplicação universal. Pelo que até agora li, percorrendo suas páginas com curiosidade e encanto, o autor nos desafia, a cada linha, a pensar com ele. Quem sabe, repensar o que entendemos por ordem, harmonia e beleza.
É claro que, como toda e qualquer obra nascida do âmago da mais profunda convicção de seu autor, esta também não se abre senão àqueles que a souberem ler com o espírito e com o coração, ou nada ali de inteligível vai ser descoberto. Certamente, existe, sim, algo de sabedoria na aparente insipiência dos homens.