Grau 14. Visão de Nicola Aslan

Moisés disse ainda: Rogo-te que me mostres a tua glória.
Respondeu-lhe o Senhor: Eu farei passar toda a minha bondade diante de ti, e te proclamarei o meu nome Jeová; e terei misericórdia de quem eu tiver misericórdia, e me compadecerei de quem me compadecer.
E disse mais: Não poderás ver a minha face, porquanto homem nenhum pode ver a minha face e viver.
Disse mais o Senhor: Eis aqui um lugar junto a mim; aqui, sobre a penha, te porás.
E quando a minha glória passar, eu te porei numa fenda da penha, e te cobrirei com a minha mão, até que eu haja passado.
Depois, quando eu tirar a mão, me verás pelas costas; porém a minha face não se verá.



Este grau pertence a Quarta categoria: a dos graus Israelitas ou bíblicos. Foi classificado como deísta-judaico. Consagra-se ao Grande Arquiteto do Universo, sob o sagrado símbolo do Delta. Tem por base a idéia da RECONSTRUÇÃO.

Chegamos ao fim de uma etapa, onde, no 14º grau, a lenda prossegue em busca da Palavra Perdida revelada por Deus a Moisés que a gravou numa medalha de ouro, depositando-a na Arca da Aliança.

Após a derrota dos Israelitas pelos sírios, caiu a Arca nas mãos destes últimos. É quando aparece um leão que afugenta o exército vencedor que abandona, num bosque, o precioso objeto. Assim este animal tornou-se o guardião da Arca da Aliança, tendo, em seus dentes, a chave. Com isso, a pronúncia do nome de Deus voltou a ser encontrada.

Este grau tem por objetivo analisar o direito da liberdade de consciência. Por isso dedica-se ao estudo das sete ciências e dos fenômenos da criação. Preocupa-se com a educação do homem, para que funde um bom governo que lhe assegure direitos e obrigações, cumprindo cada um com seu dever. Proclama ainda a liberdade de culto.

Segundo o Ritual, Salomão recompensou todos os que trabalharam na edificação do Templo: Aprendizes elevados a Companheiros; Companheiros, a Mestres – estes, prosseguindo em sua jornada, alcançam o 12º Grau, cumprindo a promessa de jamais se desviarem do caminho do bem. Quando àqueles que detinham os 12º e 13º graus, chegaram a “Grande Eleito da Abóbada Sagrada”, prometendo viver em paz, caridade e equidade.

O 14º Grau recoloca o homem na condição de simples mortal, sujeito a penas e atribuições, tão necessárias à evolução de seu espírito. Assim, através do aprendizado que o sofrimento oferece, o homem aprende que deve ser honesto, não semeando nem ódio, nem maldade, pois, segundo viver, morrerá. Quando o neófito, examinando mais atentamente a lenda de Enoch, encontra, no 9º arco, o cubo de ágata com o nome do inefável, vivencia, nesse momento, a personalidade de um dos substitutos do Grão-Mestre Hiram Abib. Torna-se, então, o espírito do homem uma partícula de Deus. Cessam aqui os subsídios fornecidos para a construção do 1º Templo – o Templo de Salomão, onde a Maçonaria, pelo estudo e pela pesquisa e, sobretudo, pela reflexão, prepara Obreiros para a humildade, discrição e perseverança. Só assim seremos verdadeiramente os Eleitos Perfeitos Mestres.