Palavra a Bem da Ordem em Geral e do Quadro em Particular

Nesta fase do Ritual, franqueia-se a palavra a todos os Obreiros, para usarem-na livremente e sem apartes. Qualquer Irmão dela pode fazer uso e pronunciar-se sobre o assunto que lhe aprouver. Há, todavia, limites, quais sejam, os impostos pela ética e pela retórica maçônica.
Nenhum Irmão falará por seu cargo, mas por si próprio. Não cabe, pois, a palavra de ofício, mas de ordinário, uma vez que os assuntos administrativos foram dados por esgotados na Ordem do Dia.
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O Venerável Mestre anunciará que a palavra será concedida a bem da Ordem em Geral e do Quadro em particular, a quem dela queira fazer uso, iniciando-se pala Coluna do Sul. Os Irmãos Vigilantes não repetirão o anúncio.
Palavra nas Colunas e no Oriente
Ordenadamente, a palavra é distribuída por toda a Loja. Os Obreiros pedem a palavra, dirigindo-se ao Vigilante de sua Coluna, que possui a competência de distribuí-la, dispensada a autorização do Venerável Mestre. O último a falar na Coluna é o Vigilante, mesmo que seja tão somente para anunciar que reina o silêncio.
Após o pronunciamento do 2º Vigilante, a palavra sai da Coluna do Sul e vai para o 1º Vigilante. Na Coluna do Norte são observadas as mesmas praxes. Uma vez anunciado que reina o silêncio em ambas as Colunas, a palavra só poderá retornar a elas por graça do Venerável Mestre e sempre através dos Vigilantes. No Or.’., a palavra está sob o controle do Venerável Mestre.
Os procedimentos técnicos formais são os seguintes: o Obreiro solicita a palavra pelo sinal do costume, batendo com a palma da mão d.'. sobre o dorso da mão e.’., erguendo, em seguida, a mão d.’.. O Vigilante autoriza ou não. Autorizado, o Irmão se põe à ordem, dirige-se ao Venerável Mestre, aos Vigilantes, às autoridades e aos demais Irmãos, para, só então, dizer sua mensagem. Se presente o Grão-Mestre e/ou o Deputado, ou, ainda, o seu representante designado, este(s) será(ão) sempre saudado(s) em primeiro lugar.
Palavra do Orador
É dado ao Orador o direito de pronunciar-se pessoalmente, independentemente de suas funções. Para tanto, ele faz uso da palavra ordinariamente, quando esta circular pelo Or.’., sempre antes da palavra final do Venerável Mestre.
Palavra do Orador para as Conclusões
A palavra do Orador, nesta fase, não é livre. Faz pronunciamento por força do cargo. Compete-lhe, então, somente fazer as saudações e proferir suas conclusões sobre o andamento da sessão à Luz das Leis, Regulamentos, Usos e Costumes Maçônicos. Em caso de presença de visitantes ou de fato digno de encômios, cabe ao Orador fazer as saudações de praxe.
Como o Orador fala por toda a Loja, os demais Irmãos devem se abster de tais pronunciamentos, para evitar a retórica redundante. As conclusões do Orador são emitidas como uma análise minuciosa sobre o curso dos trabalhos, atendo-se aos aspectos litúrgicos e legais, sem colocação de opinião pessoal.
Palavra do Venerável Mestre
O último a usar a palavra é o Venerável Mestre, em resposta a todos os pronunciamentos até então proferidos. Sua palavra é, invariavelmente, curta e objetiva, embora considerando todas as que lhe precederam, e é dirigida à Oficina em Geral.